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sexta-feira, 18 de abril de 2014


Incorporadoras lançam menos no 1º trimestre

As incorporadoras de capital aberto - dezessete empresas ao todo – tiveram um primeiro trimestre fraco em relação ao Valor Geral de Vendas (VGV) lançado, conforme a sinalização do mercado, o que deverá ser confirmado à medida que as prévias operacionais das comecem a ser divulgadas. O volume elevado de estoques e o Carnaval mais tardio desestimularam as incorporadoras a fazer grandes apostas em lançamentos nos três primeiros meses deste ano.

“O primeiro trimestre costuma responder pela parcela de 10% a 15% dos lançamentos do ano, mas foi bem mais fraco desta vez. Segundo as corretoras, o ano começou no dia 16 de março, primeiro sábado de uma semana cheia após o Carnaval”, diz o analista de construção civil da BES Securities, Eduardo Silveira.

No primeiro trimestre, as incorporadoras listadas em bolsa “seguraram” mais lançamentos do que as de capital fechado, segundo o diretor-presidente da Brasil Brokers, Sergio Freire. “Os lançamentos caíram muito em relação ao primeiro trimestre do ano passado e ao quarto trimestre. Muita coisa escorregou para o segundo trimestre”, diz Freire.

De acordo com o presidente da Brasil Brokers, alguns dos projetos inicialmente previstos para serem lançados até março tinham registro de incorporação, mas foram postergados “por conta de mercado”. Freire cita que, nos três primeiros meses de 2014, houve a combinação de “calendário péssimo”, concentração de notícias ruins sobre o setor e aumento da taxa básica de juros Selic.

Na avaliação do executivo da Brasil Brokers, o total lançado pelas incorporadoras abertas deve ser menor em 2014 do que no ano passado. Freire conta que, quando se perde um trimestre, é difícil absorver, nos demais períodos do ano, tudo o que foi postergado, principalmente quando se considera que, em 2014, haverá os eventos Copa do Mundo e eleições.

Para Silveira, da BES, as incorporadoras de capital aberto poderão lançar, em conjunto, no acumulado do ano, VGV de 7% a 10% acima de 2013. “O crescimento deve acompanhar a inflação ou um pouco mais”, diz o analista da BES. Ele destaca que, para algumas empresas, a base de comparação com o ano passado será muito baixa. A Brookfield Incorporações, por exemplo, lançou R$ 1,16 bilhão em 2013, 62% a menos do que no ano anterior.

Em conjunto, as incorporadoras listadas em bolsa lançaram R$ 28,86 bilhões no ano passado, 3% acima dos R$ 27,91 bilhões de 2012. No quarto trimestre, os lançamentos cresceram 8% na comparação com o intervalo equivalente do ano anterior, para R$ 488,3 milhões. Do VGV de novos projetos apresentados ao mercado em 2013, 40% foi lançado no quarto trimestre. Em 2012, os três últimos meses do ano corresponderam à fatia de 38%.

O analista da BES ressalta que algumas incorporadoras, como Brookfield, Gafisa, Rossi Residencial e PDG Realty, têm estoques muito elevados, tanto de imóveis prontos quanto do total de unidades (inclui empreendimentos em construção). Segundo Silveira, trimestre a trimestre, os estoques do setor tendem a crescer, devido ao elevado volume de entregas previsto para o ano.

A Cyrela Brazil Realty, maior incorporadora de capital aberto, já divulgou que os estoques de imóveis concluídos tendem a continuar em nível elevado no curto prazo. Durante a divulgação do balanço do quarto trimestre, o diretor de operações, Raphael Horn, disse que a empresa terá “entregas em praças ruins em 2014, então o estoque pode aumentar”.

Caso a caso, a Cyrela poderá lançar mão de campanhas para acelerar a venda de estoques. No momento, a incorporadora tem campanha, em São Paulo, estrelada pela atriz Fernanda Lima, para incentivar corretores a comercializar unidades prontas ou em construção, com benefícios como viagens e prêmios.

Nos últimos dois anos, as campanhas de vendas, que podem abranger também descontos nos preços das unidades, brindes e facilidades de pagamento têm sido uma estratégia das incorporadoras para fomentar a comercialização principalmente de unidades prontas. Isso se faz ainda mais relevante num cenário em que os consumidores estão mais cautelosos na tomada da decisão de compra e que o ano será atípico, com Copa no Brasil e eleições.

Desde 1º de fevereiro, a Trisul tem campanha de descontos em imóveis prontos ou com entrega prevista para este ano, para unidades cujo VGV próprio soma R$ 190 milhões. São 500 imóveis em São Paulo, Guarulhos, no ABC, em Santos, e no interior de São Paulo. Os abatimentos chegam até 30% e, para parte das unidades, há benefícios como escritura grátis, ou seis meses de condomínio pago e televisores de brinde. A iniciativa ocorre até 30 de maio. A Tecnisa também tem campanha de descontos de até 30% no momento.

O analista de construção da Fator Corretora, Renato Maruichi, diz não ver problemas relacionados à demanda por imóveis, ainda que o cenário macroeconômico esteja pior do que o de um ano antes, quando se considera fatores como inflação e taxa de juros em alta. “Em relação à demanda, não vi muita diferença do quarto trimestre de 2013 para o primeiro trimestre. O problema não é a demanda deste ano, mas a incorporadora acertar o tipo de produto a ser feito”, diz Maruichi.
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Fonte: Valor Econômico - 15/04/2014